10 de outubro de 2010

Nobel da Química e Nobel da Física

O prémio Nobel da Química foi esta quarta-feira atribuído a um investigador norte-americano, Richard Heck, e a dois japoneses, Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki.

A Academia Real de Ciências sueca anunciou que o prémio foi atribuído pelos estudos destes investigadores sobre formas mais eficientes de ligar átomos de carbono para construir moléculas complexas que permitiram desenvolver novos medicamentos e criar materiais revolucionários como o plástico.
O trabalho destes laureados é utilizado em todo o mundo "tanto para a produção comercial de medicamentos como para a indústria electrónica", referiu a academia.
O Prémio Nobel da Química, anunciado esta quarta-feira, é o terceiro da lista deste ano, tendo sido já revelados os da Medicina e da Física. Na quinta-feira será atribuído o prémio da Literatura e para sexta-feira está previsto o anúncio do da Paz. Segunda-feira será anunciado o da Economia.

O Nobel da Física foi  atribuído aos investigadores André Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester (Reino Unido), anunciou em Estocolmo o comité do Prémio Nobel.

Os investigadores foram responsáveis pela descoberta do grafeno, a forma bidimensional do carbono.   
O grafeno foi descoberto no final de 2004, no centro de Nanotecnologia da Universidade de Manchester, e tem a espessura de apenas um átomo.  

Três físicos portugueses João Lopes dos Santos, Nuno Peres e Eduardo Castro publicaram trabalhos científicos com os investigadores de origem russa André Geim e Konstantin Novoselov.

Os trabalhos feitos em conjunto pelos três físicos portugueses e por André Geim e Konstantin Novoselov estão referidos num comunicado da academia sueca sobre o prémio.

O físico da Universidade de Coimbra, Carlos Fiolhais congratulou-se com a entrega do prémio aos dois investigadores, algo que considerou "não ser muito normal no Nobel" dado que descoberta é muito recente e ressalvou os trabalhos que ambos fizeram com investigadores portugueses. "É fantástico para o nosso país haver portugueses a fazerem trabalhos com físicos reconhecidos e isso ser referenciado no comunicado da Academia".

Sem comentários:

Enviar um comentário