Você já percebeu que, em qualquer grupo, algumas pessoas são naturalmente levadas a sério, e outras não? E isso raramente tem relação com ser ou não sisudo o indivíduo com a cara triste e sem graça numa grupo pode não ser levado a sério por ninguém, e o indivíduo que está sempre de bom humor pode ser visto com respeito por todos.
E o que os outros vêem em nós, por intermédio das nossas atitudes, começa nas nossas escolhas e no modo como nós mesmos nos vemos, em outras palavras, o caminho começa quando nós mesmos começamos a nos levar suficientemente a sério.
Não manter a palavra: isso não significa exatamente a mesma coisa que “ser mentiroso”, neste contexto. Significa anunciar frequentemente planos e intenções que na prática você acaba não realizando, fazer promessas que não poderá cumprir, ou mesmo que não pretende cumprir. A cada mês você anuncia que vai fazer uma dieta, que vai melhorar as notas, e que no sábado que vem vai levar a namorada para a praia, e nunca cumpre? Então pare de anunciar que vai fazer as coisas que dependem apenas de você, e adopte a política de fazê-las primeiro, e anunciar seu sucesso depois.
Não dar continuidade: você começa e não continua? Paga o ginasio e só vai na primeira semana? Começa o curso de inglês e deixa de ir já no segundo mês? Ninguém vai levá-lo a sério assim. Comece a compor planos de metas sucessivas, em degraus, e persiga cada uma das metas com atenção. E comece menos coisas.
Não separar trabalho e vida pessoal: não há problema nenhum em ir para as horas de folga com os colegas de trabalho ou colegas de escola, ser próximo dos vizinhos, ou ter amizades no trabalho ou escola. Mas a não ser em casos específicos, colegas de escola e clientes não deveriam ser todos os seus *melhores* amigos, e deve haver um limite a partir do qual a sua vida pessoal fica reservada em relação ao conjunto geral deles. Todo mundo tem seus desafios, e uma parte deles precisa transparecer; a outra parte deve ficar acessível apenas a quem tem interesse positivo e genuíno nela não necessariamente seus colegas, clientes ou fornecedores.
Dar mais desculpas do que resultados: Faça mentalmente uma lista das pessoas que você conhece e que têm sempre uma desculpa na ponta da língua para explicar por que não cumpriram aquilo que disseram que fariam, ou por que a culpa não é dela. Dar desculpas é um hábito companheiro da procrastinação, e leva as pessoas a não levarem você a sério. Faça acontecer, ou não se proponha.
Andar com as pessoas erradas: esta tem várias alternativas, se as pessoas com quem você se associa são exatamente as que você deseja se associar, francamente, permaneça com elas e se concentre em outras formas de ser visto com seriedade pelos demais. Mas se você está associado sem razão, e frequentemente questiona a atitude e as decisões destas pessoas, pare para pensar se quem olha de fora não faz os mesmos questionamentos em relação a você. Mas seja autêntico nada de abandonar amizades genuínas ou virar as costas pensando apenas na sua imagem isso só fará com que ainda mais pessoas deixem de levar você a sério.
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