A actriz e cantora Whitney Houston, morreu aos 48 anos de idade, informou a agente Kristen Foster.
A notícia surge na véspera da grande cerimónia de entrega dos prémios de música Grammys.
As causas da morte não foram reveladas. Sabe-se apenas que a cantora estava instalada no quarto andar do Beverly Hills Hilton, em Los Angeles, para participar numa festa antes da cerimónia de entrega dos Grammys, que ocorre este domingo à noite. As autoridades de saúde receberam a chamada de urgência pelas 00 horas e 33 minutos, horas de Angola. Quando chegaram ao local, havia bombeiros e funcionários da unidade a tentar reanimar a cantora, mas sem sucesso. O óbito foi declarado pelas 00h55.
De acordo com um tenente da polícia de Beverly Hills, no quarto não havia sinais de crime, mas foi aberta uma investigação. Em declarações à imprensa, Mark Rosen não quis comentar a existência de drogas no quarto da artista. Nos últimos anos, a cantora enfrentou vários problemas ligados ao vício da droga, que a afastaram dos palcos.
Com a família ligada à música, o caminho de Whitney Houston rapidamente começou a ser trilhado: aos 11 anos já cantava num coro gospel em Nova Jérsia. Depois de ter sido descoberta pelo produtor Clive Davis, o mundo conheceu a sua voz, em 1985. O primeiro álbum, com o nome da cantora, bateu recorde ao vender 25 milhões de cópias.
Conhecida como 'A Voz', a carreira da cantora seguiu o caminho das estrelas ao longo das décadas de 80 e 90 com os álbuns 'Whitney' (1987), 'I'm You Baby Tonigth' (1990) e 'My Love Is Your Love' (1998).
O reconhecimento do público e os milhares de fãs juntaram-se às centenas de prémios, entre Grammys, Billboard Music Awards ou Music Awards, que a tornaram numa das artistas mais premiadas de sempre.
Entre os mais de 170 milhões de discos vendidos em todo o mundo, contam-se os êxitos "How Will I Know", "Saving All My Love for You" e "I Will Always Love You".
Gravou o último álbum, "I Look to You", em 2009. Nessa altura, a cantora cancelou muitos dos concertos da digressão mundial, o que levou a especular que teria voltado a abusar do consumo de drogas, alegações, porém, negadas pelas cantora, que dizia estar em excelente forma, atribuindo os cancelamentos a doenças.
O talento de Whitney rapidamente saltou dos palcos para as telas e, em 1992, foi protagonista do sucesso de bilheteira 'O Guarda-Costas', onde contracenou com Kevin Costner. Com a música em segundo plano, a cantora continuou a apostar numa carreira cinematográfica ao longo da década de 90, tendo entrado em filmes como 'Quatro mulheres apaixonadas', 'Espírito do Desejo' ou 'Cinderela'. Para 2012 está marcada a estreia de 'Sparkle', um remake do filme de 1976, inspirado na história do grupo musical The Supremes.
Este era o primeiro grande projecto da cantora após anos afastada dos palcos. Depois do sucesso artístico, a cantora tornou-se conhecida pelos seus problemas relacionados com o consumo de drogas. Em 2002, Whitney reconheceu que era o seu pior inimigo. "O maior diabo sou eu. Posso ser a minha melhor amiga ou a minha pior inimiga", disse numa entrevista ao canal de televisão norte-americano ABC.
O casamento atribulado com Bobby Brown, com quem teve uma filha, Bobbi Kristina, contribuiu para os problemas relacionados com consumo de cocaína, marijuana e comprimidos. Em 1993, a cantora acusou o marido de violência doméstica, mas o casamento durou até 2007.
Apesar das tentativas de desintoxicação, a artista manteve os maus hábitos. Em 2010, no programa de Oprah Winfrey, Houston admitia que o seu consumo de drogas era "diário". "Fazia o meu trabalho, mas depois, durante um ano inteiro ou dois, era diário... não estava feliz. Estava a perder-me", disse após duas reabilitações.
A voz da cantora cala-se para sempre na véspera da sua "noite favorita", como disse Clive Davis, referindo à cerimónia de entrega dos prémios Grammy, que poderia contar com a actuação de Whitney Houston. "Quem sabe", especulou o produtor que a lançou para o sucesso mundial. O segredo não será desvendado.
Descanse Em Paz...
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