Especialista afirma que não há evidências científicas que comprovem tal tese perpetuada. A excepção diz respeito a pessoas com histórico de pedras nos rins.
Beber cerca de dois litros de água por dia pode não trazer benefício algum à saúde. Em pesquisa publicada no British Medical Journal, a médica escocesa Margareth McCartney afirma que não há evidências científicas seguras que comprovem a eficácia do alto consumo de água. Ela sugere ainda que o exagero poderia trazer problemas ao organismo.
“Não há evidências científicas confiáveis dos benefícios de se beber grandes quantidades de água. Mas o mito de que não se bebe o suficiente é perpetuado por vários defensores”, diz Margareth. A médica faz referência à organização Hydration for Health (Hidratação para Saúde, em tradução literal), criada pela empresa Danone e que incentiva o consumo de água, e ao National Health Institute, organização de saúde da Grã-Bretanha, que recomenta a ingestão de seis a oito copos diários de água ou outros líquidos.
Excepção de acordo com a pesquisa, os únicos benefícios comprovados da alta ingestão de água dizem respeito a pacientes com histórico de pedras nos rins. “Parece, portanto, que a água não é uma solução simples para vários problemas de saúde”, pontua.
Margareth coloca em xeque ainda relatos anteriores de que o consumo elevado de água em crianças melhoraria a concentração e o desempenho mental e reduziria os riscos de obesidade. Segundo a pesquisadora, também não há evidências científicas que comprovem essas teses.
Especialistas na área indicam que o consumo de água deva estar vinculado à sede, excepto em crianças e idosos que podem não sentir sede. Períodos longos de seca ou de muito calor também pedem uma atenção extra ao consumo de água.
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